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Primeiramente,
você chega à balada e observa que metade das mulheres estão com um
vestido que parece uma toalha enrolada ao corpo, já a outra metade está
com uma regata branca, um casaquinho de couro, saia alta, uma bolsa
transversal e o insistente 212, mas até aí tudo bem pois o uniforme faz
parte. Não muito distante disso você vê alguns homens com uma
camisa polo com “número 43” nas costas, barriga saliente e com as
mulheres mais bonitas da festa. Alguns gastando dinheiro que não tem,
outros gastando por gastar e outros como eu agora, pensando em como
funciona tudo isso…
Nesse instante por algum motivo você se sente diferente daquelas pessoas. Culturalmente instruídos a sempre segurar um copo na mão seguimos o
nosso caminho em busca de algo que no fundo não sabemos se realmente faz
sentido.
Alguns caras querendo se divertir e outros numa
disputa inútil para ver quem é o mais frouxo. Frouxo simplesmente por
não conseguir pegar uma mulher só com o papo, por não saber jogar esse
jogo de homem pra homem, mas novamente até aí tudo bem pois cada um usa
as armas que tem.
Em meio a tudo isso me pergunto: onde está a
conquista? Cadê o charme, o ato de arrancar um sorriso sincero, de você
ficar com a mulher por ter falado a coisa certa na hora certa, sem
sensacionalismo só acho que as coisas estão perdendo um pouco da graça.
Então depois de consecutivas experiências dessas, você acaba vendo que
o mundo de balada é muito limitado e o mais importante, que o que você
tanto procura não está e nem estará ali. De forma alguma estou dizendo
que não gosto de balada ou que balada é algo de pessoas “vazias”, mas
infelizmente na maioria das vezes é isso que eu vejo, mulheres que só
querem levantar seu ego e homens que acham que baixar um litro de bebida
lhe faz ser o macho “alpha “da festa.
Cada vez mais as
pessoas têm a necessidade de mostrar ser uma coisa que não são e
principalmente terem seu ego exaltado, agora só falta elas perceberem
que isso não leva a lugar nenhum.
Chegamos num ponto chave da
sociedade, onde máscaras valem mais do que expressões, garrafas de
bebida em cima da mesa valem mais do que apertos de mão e companhias
falsas valem mais do que uma conversa sincera com a menina menos
atraente da festa. Por fim entenda que você pode ser uma
pessoa super charmosa, educada, inteligente ou qualquer outro adjetivo,
mas se a outra pessoa não for equivalente ela não irá perceber o quão
valiosa você é.